A eclâmpsia é uma doença que ocorre na gestação e, apesar de ser considerada rara, é extremamente grave. Assim como outros problemas que podem ocorrer na gravidez, quanto antes houver o diagnóstico, melhor.
Na eclâmpsia, o problema é todo relacionado com a alta da pressão arterial da mãe, que é originada por complicações relacionadas ao sangue na placenta. Especificamente, aos vasos que conduzem o sangue para o bebê.
Veja a seguir o que é a eclâmpsia, quais são as suas causas, principais sintomas, como cuidar, e a qual médico recorrer caso você tenha essa doença.
O que é Eclâmpsia?
A eclâmpsia é uma condição que pode atingir a mãe a partir da 20ª semana de gestação e causa convulsões. Ela pode atingir qualquer grávida, até mesmo aquelas que nunca sofreram de transtorno convulsivo.
Felizmente, é uma condição relativamente rara, pois só ataca uma gestante em cada duas ou três mil.
O que causa a Eclâmpsia?
Uma doença tão rara quanto a eclâmpsia surge de complicações de outra condição, que é a pré-eclâmpsia. Esta, por sua vez, ocorre quando a pressão sanguínea da grávida sobe para acima de 14/9 a partir da 20ª semana de gestação.
Normalmente, a eclâmpsia desaparece após o parto, até 12 semanas após a mulher finalmente dar à luz.
A causa da pré-eclâmpsia em si é desconhecida até hoje, uma vez que o transtorno convulsivo não pode ser considerado um risco para que essa condição ocorra. Os cientistas e médicos especulam que a origem é na própria placenta.
Mulheres que desenvolvem a pré-eclâmpsia possuem em comum o fato de seus vasos sanguíneos da placenta não se desenvolverem adequadamente. Ficam mais estreitos e reagem de uma forma estranha aos estímulos hormonais da gravidez, o que reduz o volume de sangue que deve fluir por eles.
Apesar de não ser possível ainda traçar uma causa específica, os médicos afirmam que as mais comuns são: danos nos vasos e no fluxo sanguíneo, problemas de imunidade, distúrbios de pressão sanguínea na gestação, possíveis causas genéticas.
Quais os principais sintomas da Eclâmpsia?
Os sintomas da eclâmpsia são bem drásticos:
- Agitação
- Desmaio
- Dores musculares
- Dores de cabeça
- Convulsões
O ideal é buscar acompanhamento médico no aparecimento e persistência de qualquer um dos sintomas. Uma boa forma de saber se a grávida pode desenvolver eclâmpsia é ter atenção aos sintomas da pré-eclâmpsia: ganho de peso súbito, de 2 a 5 quilos em somente uma semana; inchaço do rosto e extremidades do corpo, sobretudo das mãos.
Como cuidar da Eclâmpsia?
O único tratamento que realmente melhora e até cura a eclâmpsia é o próprio parto. Quando uma mulher desenvolve a condição, o que o médico faz é antecipar o parto. Mas isso depende do quão perto a mulher está de dar à luz.
Partos prematuros, que podem acontecer com 32 ou 36 semanas de gravidez podem ser feitos se há um risco para mãe ou se a medicação não fizer efeito.
Os remédios podem ser usados também. No diagnóstico da eclâmpsia o médico pode receitar remédios contra a pressão alta e contra as convulsões.
Qual médico devo buscar para tratar a Eclâmpsia?
Somente um ginecologista e obstetra podem diagnosticar e fazer o tratamento da eclâmpsia, até porque é necessário induzir à gestante ao parto prematuro em alguns casos.
Não podemos negar que a eclâmpsia é uma condição grave e que precisa ser tratada assim que é descoberta. Mas, além disso, a mulher deve aderir ao estilo de vida mais saudável possível. Controlar a pressão envolve uma alimentação regrada, com pouco sódio, além do respeito às doses, e horário, da medicação.
Os casos em que a eclâmpsia gera complicações piores são ainda mais raros do que os casos onde a condição ocorre. Portanto, o ideal é buscar auxílio médico, ter apoio da família e procurar a tranquilidade, pois logo o bebê chegará em seus braços.
