Tudo sobre pré-natal

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Conhecer a respeito do pré-natal é necessário para todas as mamães, as de primeira viagem e as que já possuem filhos também. O momento da maternidade é algo muito especial na vida da mulher e nesta fase, podem surgir algumas dúvidas quanto ao que fazer quando se está grávida. 

O primeiro sinal da gravidez é quando a menstruação fica atrasada e o teste de gravidez dá positivo. Nesse momento, o primeiro passo a tomar é fazer o pré-natal, que se trata de exames iniciais para avaliar possíveis riscos de doenças que possam afetar o bebê e seu desenvolvimento. De fato, o pré-natal é um dos passos mais importantes durante a gravidez, desde sua constatação.

Hoje iremos falar sobre todos os exames que o pré-natal engloba, a frequência dos exames e também como você pode identificar sinais de risco durante a sua gravidez. Veja!

O que engloba o pré-natal?

Muitas mamães têm dúvidas quanto a saber exatamente o que é o pré-natal, porém nada mais é do que uma bateria de exames que toda gestante deve fazer ao descobrir que está grávida. 

O pré-natal serve para saber se a gestante possui algum tipo de doença que possa afetar o feto e envolve exames de diabetes, HIV, hipertensão arterial, hepatite, toxoplasmose, sífilis, dentre outras. Além disso, também é avaliado o histórico familiar e se há predisposição para doenças genéticas. É nele que a gestante também saberá todos os cuidados que precisa ter para manter o feto saudável e livre de riscos.

O que engloba o pré-natal
Fonte/Reprodução: original

Desde a primeira consulta, a gestante é orientada quanto à sua rotina, alimentação, sono, alimentos que devem evitar, alimentos que precisa ingerir, quais hábitos deve abandonar dentre outros. O pré-natal é muito importante, pois ajuda a gestante (especialmente as mamães de primeira viagem) quanto aos cuidados que precisam ter, porém, as mamães mais experientes também precisam fazer, pois, esses exames são necessários!

Algumas das vantagens do pré-natal envolvem identificar doenças que estavam presentes no organismo como a diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração etc. Também ajuda a identificar problemas no feto como a má formação e às vezes, durante a fase inicial da gravidez, é possível até mesmo realizar tratamento intra uterino que pode auxiliar o feto a ter uma vida normal após seu nascimento.

O pré-natal também ajuda a identificar problemas relacionados à placenta e também a identificar de forma precoce a pré-eclâmpsia, que é uma espécie de elevação na pressão arterial. 

Quando dar início a esses procedimentos?

É recomendado que a mamãe inicie o pré-natal logo quando descobrir que está grávida. Muitas vezes ela pode ter predisposição para determinadas doenças e não saber. Outras vezes, pode ser que o organismo não esteja totalmente preparado para uma gravidez e precise de determinados nutrientes. Tudo isso é descoberto quando se realiza um pré-natal por isso ele é tão importante.

Como deve ser a frequência das consultas?

Quando a gravidez é considerada de baixo risco, as consultas são realizadas de forma alternada mensalmente. O intervalo entre as consultas dependerá do caso, que é geralmente feita de forma mensal até o 7ª mês de gravidez e depois disso, as consultas passam a ser feitas com maior frequência. 

Como deve ser a frequência das consultas
Fonte/Reprodução: original

Contudo, se a gravidez é considerada de alto risco, o acompanhamento é feito de perto por um médico especialista e o cuidado deve ocorrer desde o primeiro momento até o dia do parto. Com isso, não existe “alta” para o pré-natal, pois ele só termina após o nascimento do bebê.

Quais os exames exigidos?

É importante estar atenta quanto a quais exames são exigidos no pré-natal, os quais incluem:

  • Exame de sangue: Serve para identificar se a mamãe possui algum tipo de doença como o HIV, sífilis, diabete ou se há anemia. Também ajuda a identificar se há hepatite C ou B. 
  • Ultrassonografia obstétrica inicial: Serve para saber como está o feto, se há algum tipo de alteração aparente. 
  • Exame de urina: Ajuda a identificar se há algum tipo de infecção urinária, uma das principais causas do parto prematuro. 

Dentre esses exames também há a medição do peso, pressão arterial, ritmo cardíaco que servem para avaliar tanto a saúde da mãe quanto a do bebê.

Como identificar gravidez de baixo e alto risco?

Alguns sintomas podem ajudar a identificar se a gravidez é de baixo e alto risco. 

Se a gestação é de baixo risco, os sintomas mais comuns aparecem, que são o enjoo, dores de cabeça, náuseas, o atraso na menstruação e cólica, porém alguns sintomas quando muito frequentes e doloridos podem denotar uma gravidez de alto risco.

A gravidez de alto risco pode ser identificada através dos exames realizados no pré-natal, entre os mais comuns estão sangramentos, contrações antes do tempo, não sentir mais o bebê se mexendo por um ou dois dias, a liberação do fluido amniótico antes do DPP (data provável do parto), tonturas, náuseas, inchaço e dores ao urinar que se apresentem de forma frequente. 

Como identificar sinais de risco?

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Os sinais de risco mais comuns envolvem sangramento durante a gravidez (que pode ser até mesmo o descolamento do saco gestacional que é considerado algo grave) além de muitas dores, contrações prematuras, inchaços repentinos no corpo. O importante é estar atenta a todos esses sinais e procurar um médico assim que sentir que algo não está bem.

Quais hábitos adotar e quais parar durante o pré-natal?

O pré-natal é importante não só porque a gestante fará vários exames, mas também porque terá uma orientação quanto aos hábitos que deve ter agora que está grávida. 

Ao fazer o pré-natal, é obrigação do profissional orientar as gestantes quanto ao que elas devem fazer e alguns cuidados básicos são necessários, tais como adotar uma rotina com hábitos mais saudáveis. Alguns deles incluem ingerir bastante líquido, se alimentar com alimentos que tragam nutrientes para o feto, não somente gorduras e frituras ou alimentos industrializados. 

Outro hábito muito importante é praticar exercício físico, porém exercícios leves que podem ser feitos em casa mesmo. Existem até exercícios que ajudam a facilitar o parto (caso seja um parto natural)! 

Importante salientar o óbvio: fumar nem pensar e beber também não! Há também certos tipos de substâncias que a mamãe deve evitar, como o uso de medicação sem consulta prévia. Toda medicação deve ser avaliada pelo médico responsável pelo pré-natal,ok? Durante o pré-natal também é ensinado a gestante todas essas dicas quanto aos hábitos, higiene, sexualidade, hábitos intestinais, sono, etc. 

Como deve ser a alimentação da gestante?

Durante a gravidez existem certos tipos de alimentos que a gestante deve evitar. Já falamos acima sobre os alimentos industrializados que, todos sabem, não fazem bem nem para quem não está grávida, mas também há alguns alimentos que podem se caracterizar como abortivos.

Alguns dos alimentos que a gestante deve evitar são os peixes crus ou carne mal passada (nada de sushi, viu?), pois contém uma bactéria chamada “listeria” que pode causar aborto. Ovo cru, frutas ou legumes que não tenham sido bem lavados, atum enlatado, café ou bebidas que contenham cafeína também não são recomendados. 

Ostras e frutos do mar também devem ser evitados, além de leite e alimentos derivados que não tenham sido pasteurizados. 

Porém, existem alimentos que a gestante pode comer e essa alimentação varia de acordo com o desenvolvimento do feto. Durante o pré-natal, é essencial, por exemplo, que a gestante se alimente com alimentos que contenham ácido fólico e ferro, bem como outras vitaminas como B12, B6, cálcio e o zinco, dentre outras.

A partir do segundo e terceiro semestre, é preciso aumentar o consumo de alimentos calóricos para melhorar o crescimento do bebê. É importante salientar que as variações na alimentação vão depender de como é a alimentação da própria gestante. A vitamina B9 é essencial durante a gravidez, em especial durante a 4ª semana e está presente em alimentos como o feijão, espinafre, aspargos, etc. 

Quanto custa fazer o pré-natal?

Sabemos que o pré-natal é uma bateria de exames que podem ir de R$100,00 a R$300,00 e isso pode gerar custos bem altos. Durante um pré-natal são realizados em média de 10 a 15 exames, os quais incluem ultrassonografia, exames de rotina, exames de sangue, urina e tudo isso, somado, pode ser um pouco caro. Ao somar tudo, um pré-natal completo pode custar R$2.700,00. 

É possível fazer pelo SUS?

Sabemos que a gravidez é um momento importante e que pode gerar muitos gastos, porém é possível realizar todos os exames do pré-natal de forma gratuita através do SUS. 

O SUS é o Sistema único de Saúde e se constitui como um dos sistemas de saúde mais acessíveis da América Latina, pois disponibiliza atendimento, realização de exames de pré-natal de forma totalmente gratuita.

O SUS disponibiliza as UBS’s, que são as Unidades Básicas de Saúde, presentes em todo território brasileiro, divididos por bairros.

Para realizar o pré-natal é necessário que a gestante compareça a uma das Unidades Básicas de saúde onde lhe será fornecido:

  • Calendário de vacinas da criança
  • Cartão da gestante
  • As solicitações quanto aos exames a serem feitos
  • Orientações quanto à participação da gestante em eventos de cunho educativo
  • Agendamentos das consultas médicas 

Todos os exames são realizados através do SUS e para que tudo ocorra bem, a mamãe deverá se atentar quanto à organização pessoal para não perder nenhum documento, especialmente os encaminhamentos para a realização dos exames.

Recomendamos que a gestante passe a utilizar uma pastinha para guardar todos os documentos importantes, os exames, a caderneta de vacinação, dentre outros para não perder nada e não ter que realizar a consulta novamente!

A gestante também deve se atentar quanto ao seu comparecimento, pois o pré-natal possui um tempo específico para acontecer, porque ocorre mediante a gestação contando-se as semanas (1ª semana, 2ª semana, etc) e deve ocorrer desde o primeiro momento que o teste de  gravidez der positivo! 

Todos os exames são feitos de forma gratuita e é um direito da gestante! Vale lembrar também que manter o Cadastro Único sempre atualizado, bem como se atentar a fatores básicos durante a gestação como a alimentação e a hidratação da gestante, o ganho de peso ou inchaços e o peso do bebê.

Cada fase da gestação é importante, por isso, é essencial ter um médico especializado que acompanhe de pertinho cada fase!  

Se você deseja saber mais sobre o mundo da maternidade, continue acompanhando os nossos conteúdos preparados para você, e não esqueça de compartilhar com suas amigas gestantes!

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