Tudo sobre anticoncepcionais

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Saber tudo sobre anticoncepcionais: os tipos, como funcionam e quando utilizar é essencial para o decorrer de nossa vida. Atualmente, podemos encontrar disponíveis nas farmácias inúmeros anticoncepcionais e diferentes métodos contraceptivos para nos protegermos de certos imprevistos durante as relações sexuais.

Para saber quais métodos anticoncepcionais escolher, é extremamente importante realizar uma consulta ao ginecologista, para avaliar todas as opções, debater sobre elas e decidir qual é o mais adequado para você, o seu bem-estar e para a sua rotina..

Ao analisar tudo sobre anticoncepcionais, observamos que a pílula é o método mais adotado e utilizado por grande parte das mulheres. Entretanto, como deve ser usada de forma regular, diariamente e com horários determinados, há grandes riscos da mulher esquecer de fazer seu uso e, por conta disso, iniciar uma gravidez. 

É justamente por conta desse risco e por avaliar que nem todas as mulheres apresentam uma rotina calma, cujo uso da pílula anticoncepcional seja feita de forma padrão que existem diversos outros tipos de contraceptivos. Dentre estes tipos, podemos citar implantes ou o DIU, utilizados para evitar uma gravidez indesejada. 

Por conta disso, é importante saber tudo sobre anticoncepcionais e escolher o que mais se adapta para indicação feita, a sua realidade e que te cause o melhor bem-estar possível. 

O que são os anticoncepcionais?

Os anticoncepcionais podem ser considerados uma importante ferramenta na hora de se planejar uma família, assim como para se proteger da chegada de um bebê sem nenhum planejamento prévio. Enfim, são ferramentas bastante utilizadas pelas mulheres para a prevenção da gravidez indesejada e, também, no combate dos fortes sintomas do período pré-menstrual.

Tudo sobre anticoncepcionais (3)
Fonte/Reprodução; original

Além disso, os anticoncepcionais também podem ser utilizados para o controle e o tratamento da acne, endometriose, sintomas da cólica, síndrome dos ovários policísticos, dentre inúmeras outras condições que afetam a saúde feminina e necessita da devida atenção médica para sua resolução.

Diversos fatores levam as mulheres a buscar e iniciar o uso diário de anticoncepcional, como, por exemplo, a versatilidade, a praticidade e a alta eficácia que estes têm no papel da prevenção de uma gestação fora do planejamento. O mais comum é ver estes métodos disponíveis na forma de pílula, porém, há diversos outros tipos que são utilizados pelas mulheres.

Quais os tipos de anticoncepcionais e como funcionam?

Dentro da indústria farmacêutica, há diversos tipos de anticoncepcionais com diferentes métodos de ação e valores de eficácia. Dentre eles, podemos citar a pílula anticoncepcional, o implante no braço, o DIU e muitos outros eficazes no objetivo de prevenir uma gravidez indesejada. 

O importante é escolher, junto com o seu ginecologista, o método mais útil para você e que se adéque a sua rotina, pois, não vale a pena, por exemplo, aderir ao anticoncepcional oral caso sua rotina seja estressante, corrida e você se esqueça de fazer o uso diário.

Por conta disso, é essencial saber tudo sobre anticoncepcionais, discutir bem com o seu médico e debater qual é a melhor opção para você no momento atual da sua vida. Diante de tantas opções, as mais famosas dentro do mercado são:

Anticoncepcional Oral

Também conhecida como a pílula anticoncepcional, este é o método mais utilizado pelas mulheres para a prevenção da gravidez. Um simples comprimido apresenta todos os hormônios semelhantes aos que são produzidos pelos ovários e fazem com que a ovulação não ocorra e o óvulo prestes a ser fecundado não exista.

Há vários tipos de pílulas anticoncepcionais, e esta pode ser combinada com diferentes hormônios em sua composição ou a minipílula, que contém apenas o progestogênio em sua composição.

Além de ajudar na prevenção da gravidez, o anticoncepcional oral também pode reduzir os sintomas da tensão pré-menstrual, reduzir o fluxo menstrual e as cólicas do período, melhorar a acne e prevenir inúmeras doenças, como cistos no ovário.

Dispositivo Intrauterino (DIU)

Conhecido também como DIU, o dispositivo intrauterino é um plástico em formato de ‘’T’’ posicionado no útero pelo médico e impede a gravidez pela ação do cobre ou pela liberação de hormônios que ajudam a dificultar a fecundação. Ele pode permanecer até 5 anos dentro do útero e não causa nenhum desconforto. É um método bastante eficaz.

Implante anticoncepcional

O implante anticoncepcional auxilia na prevenção da gravidez através de um tubo de plástico pequeno, introduzido internamente no braço pelo ginecologista, que libera os hormônios de forma lenta no sangue e impede a ovulação, assim dificulta a entrada de espermatozoides no útero da mulher.

Anticoncepcional injetável

O anticoncepcional injetável, aplicado através de uma injeção, pode ser aplicado no músculo da perna ou do braço uma vez por mês, ou a cada três meses. Essa injeção libera de forma lenta e gradual os hormônios que impedem a ovulação, entretanto apresenta algumas desvantagens.

O seu uso prolongado pode causar fortes dores de cabeça, atraso na fertilidade, aumento do apetite e, consequente aumento de peso. Além disso, também podemos observar queda de cabelo e surgimento de acne. 

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Como começar a tomar anticoncepcionais?

É extremamente importante saber tudo sobre anticoncepcionais antes de começar o tratamento e a fazer o uso diário dos mesmos. No caso da pílula, o indicado é começar a tomar um comprimido por dia, de preferência no mesmo horário e diariamente até a cartela acabar. 

Grande parte das pílulas anticoncepcionais são vendidas em cartelas com 21 comprimidos, entretanto podemos encontrar também cartelas com 24 ou 28 comprimidos, que se diferenciam apenas pela quantidade de hormônios que apresentam, pela duração da pausa entre as cartelas ou pela ausência e presença da menstruação.

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Fonte/Reprodução: original

Ao utilizar o anticoncepcional de 21 comprimidos, deve-se tomar 1 comprimido por dia até a cartela chegar ao fim, no mesmo horário diariamente. Por exemplo, se no primeiro dia você tomar o comprimido às 9 horas, no dia seguinte terá que ser também às 9 horas, até a cartela acabar. Quando acabar, se faz uma pausa de 7 dias e, no oitavo, se inicia o tratamento com outra cartela.

A mesma coisa deve ser feita no anticoncepcional de 24 comprimidos, o que muda é apenas o intervalo: quando terminar a cartela, fazer uma pausa durante 4 dias e retomar o tratamento no quinto dia. Já na cartela de 28 comprimidos, não há pausa entre as cartelas: assim que uma acaba, começamos com a outra logo em sequência, no dia seguinte.

Os anticoncepcionais podem ser tomados a qualquer hora do dia, mas é importante colocar um alarme para tocar todos os dias da semana, para se lembrar da regularidade que o remédio deve ser tomado. Outras importantes dicas para não se esquecer de tomar são colocar o anticoncepcional em um lugar à vista e associar seu uso com hábito diário, como o de escovar os dentes assim que acordar ou almoçar, por exemplo.

E em caso de esquecimento, não precisa se preocupar! Você pode tomar o comprimido logo quando se lembrar. Caso você se esqueça em até 12 horas após o horário de costume, dá para tomar que o efeito será mantido normalmente. Porém, se ultrapassar essas 12 horas ou tiver esquecido de mais de uma pílula, o efeito será diminuído – é importante sempre ler a bula para compreender todas as situações que podem vir a acontecer.

Quem não pode tomar anticoncepcional?

Como qualquer outro medicamento, os anticoncepcionais também apresentam determinados efeitos colaterais e riscos. Na hora de estudar tudo sobre anticoncepcionais, observamos que há algumas situações específicas onde a mulher não poderá fazer uso destes e, por conta disso, deverá procurar outros métodos contraceptivos, como o uso da camisinha em relações sexuais.

Assim, as contra-indicações dos anticoncepcionais mais relatadas na literatura e em pesquisas da área da saúde são: em casos de câncer de mama, casos de trombose venosa profunda ou em casos de tromboembolismo pulmonar, hipertensão arterial não controlada com o uso de medicamentos.

Outras condições que também impedem o seu uso são: doenças com risco de desenvolver trombose, pacientes que tiveram infarto ou angina, história de acidente vascular cerebral, diabetes mellitus descontrolado, uso de válvulas cardíacas metálicas, cirrose ou hepatite e em alguns casos no pós-parto.

Por conta disso, é extremamente importante ler tudo sobre anticoncepcionais, assim como as bulas disponíveis e seguir todas as orientações do médico especialista – além de, é claro, utilizar as pílulas anticoncepcionais apenas em caso de indicação médica e sob suas orientações. 

Anticoncepcional engorda?

De forma geral, não. Os anticoncepcionais orais não conseguem engordar quem faz uso deles, apenas passam uma sensação de inchaço por conta da maior retenção de líquido e não por conta do aumento de gordura no corpo. 

Porém, temos evidências científicas presentes na literatura de que anticoncepcionais injetáveis aplicados de forma trimestral, por apresentar grande valor de hormônios em sua composição, pode provocar sim um aumento de peso. 

Qual anticoncepcional que não engorda?

Os anticoncepcionais indicados para quem não deseja ter a sensação de inchaço no corpo são aqueles que apresentam baixa concentração de hormônios, por de certa forma estarem  menos associadas com os riscos do uso desses medicamentos.

Diante de tantas opções dentro do mercado farmacêutico, os anticoncepcionais que apresentam a menor chance de provocar essa sensação de ganho de peso ou de inchaço no corpo são: os anticoncepcionais com baixo valor de estradiol, os compostos de drospirenona de progestágeno ou o uso de DIU, os dispositivos intrauterinos de progestágeno,que liberam lentamente o hormônio e, por isso, tem baixa absorção no organismo.

É verdade que existem anticoncepcionais que podem ajudar a provocar trombose?

Assim como todos os medicamentos presentes na indústria farmacêutica, o anticoncepcional oral também apresenta seus potenciais riscos relacionados ao seu uso constante. Então, de forma direta: sim, os anticoncepcionais orais apresentam um certo grau de risco de desenvolver trombose.

A trombose intravenosa é uma doença provocada na corrente sanguínea através da coagulação do sangue no interior dos vasos sanguíneos, provocando o entupimento destas vias. Não é o ideal, pois o sistema de coagulação do nosso organismo serve como um importante mecanismo de defesa do nosso corpo. As veias que são mais afetadas são as dos membros inferiores e os sintomas costumam ser cansaço e dor.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, as mulheres que recorrem a anticoncepcionais orais que contêm drospirenona, gestodeno ou desogestrel apresenta risco de 4x a 6x a chance de desenvolverem trombose em um ano, quando comparadas às mulheres que usam anticoncepcionais combinados. 

O risco é considerado bem pequeno, quando não associado a nenhum fator de risco como, por exemplo histórico de trombose na família. Além disso, os benefícios que os anticoncepcionais apresentam ainda superam totalmente esse risco mínimo de trombose.

Por fim, a importância de conhecer tudo sobre anticoncepcionais, como os diferentes tipos, as indicações, as contra-indicações e todos os seus efeitos no corpo feminino se dá na hora de utilizar esta ferramenta na hora de prevenir uma gravidez indesejada, tratar certas condições ou planejar o futuro da sua família. 

De qualquer forma, é extremamente importante que o anticoncepcional só seja utilizado sob indicação médica e com as suas respectivas orientações.

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