A volta da menstruação após o parto pode ser um pouco assustadora por conta de diversas alterações hormonais que fazem com que a mulher menstrue de forma diferente do que está habituada.
Algumas mulheres sentem que a volta da menstruação após o parto ocorre de forma diferente. Entretanto, quando tomados os cuidados necessários, este momento pode ser bom até mesmo pelo fato de que, após o parto, muitas mulheres afirmam que as cólicas durante o período menstrual passam a ser mais leves ou até mesmo inexistentes (já imaginou menstruar sem sentir cólica?!).
Entretanto, certos cuidados precisam ser tomados, como por exemplo, anotar e saber como funciona o seu ciclo menstrual, como é o fluxo, se é intenso ou não, ao considerar o fluxo sem o auxílio de anticoncepcionais.
Entender como seu organismo funciona depois do parto pode te ajudar a compreender seu corpo nesta nova fase da sua vida, pois após o parto, o corpo da mulher passa por algumas mudanças físicas, hormonais e emocionais também.
É comum também que algumas mulheres, durante o período de amamentação, não menstruem devido a um aumento da prolactina, o que faz com que a ovulação diminua e sabemos que, se a ovulação diminui, é certo que não haverá menstruação.
Este fenômeno é chamado de “amenorreia lactacional” e ocorre geralmente quando a mulher amamenta, durante seis meses consecutivos após o parto, de forma exclusiva. Dessa forma, a mulher que amamenta pode ficar até seis meses sem menstruação.
Porém, passados os seis meses, a mulher pode perceber algumas mudanças na volta da menstruação após o parto, talvez na intensidade ao longo dos dias.
É importante lembrar, contudo, que a mulher após o parto (em torno de 2 a 3 dias) até a 3ª semana, é super normal que a mulher tenha um tipo de sangramento. Contudo, este sangramento não é considerado como “menstruação”, pois no caso, o corpo “libera” todo o sangue que estava nas paredes do útero além de que, este “sangue” não contém óvulos, então não é menstruação.
Este tipo de sangramento é chamado de “loquiação”, que é basicamente a cicatrização do útero que se recupera de um parto e pode durar de 40 a 45 dias, com coloração vermelho vivo e fluxo intenso.
Apesar de haver o fenômeno da amenorréia lactacional, nem todas as mulheres podem passar por isso, pois tudo se deve ao tipo de organismo, alterações hormonais ocorridos em cada mulher. Cada uma possui um tipo diferente de corpo e uma resposta diferente aos fatores hormonais também.
A primeira menstruação da mulher dependerá de como ela amamenta, pois como dito acima, caso a amamentação seja exclusiva (também chamada de “livre demanda”), pode ser que ela passe pela amenorréia lactacional e pode ser que não, caso a amamentação seja diferente.
Para saber tudo sobre a volta da menstruação após o parto e também sanar outras dúvidas sobre este assunto, preparamos um conteúdo especial para você! Acompanhe abaixo:
Gravidez: Quando para a menstruação?
No momento em que o óvulo é fecundado, não há mais menstruação e a mulher passa a gerar um ser dentro de si, dessa forma, as paredes do útero não podem descamar, pois agora abrigam um pequeno embrião.
Entretanto, algumas mulheres podem sangrar logo no início da gravidez, porém não se trata de menstruação e pode acontecer durante os primeiros 15 dias. A cor deste tipo de sangramento também é bem diferente, sendo um vermelho mais “rosado” e dura apenas dois dias.
Algumas mulheres podem acreditar que estão menstruando, quando na verdade estão passando por esse período. Por isso, é importante se manter atenta aos outros sinais de gravidez além do atraso na menstruação, como os enjoos, cólicas, dores de cabeça e alterações no humor.
Contudo, é importante se atentar ao fato de que, se a mulher está grávida ela não deverá mais menstruar, porque seu corpo agora gera um feto. Caso seja percebido algum tipo de sangramento durante a gravidez, é recomendado procurar um ginecologista ou clínico geral com urgência, pois sangramentos durante a gravidez podem ser um sinal de alerta.
Entretanto, existem diversos fatores que podem fazer com que a menstruação pare, além da gravidez. Confira abaixo:
Estresse:
O estresse pode alterar muitas coisas no nosso organismo, porém ele pode atrasar a menstruação também devido à liberação de hormônios tais o cortisol e adrenalina, liberados quando o corpo se encontra muito tenso, além de também causar problemas no sono, na pele dentre outros.
Doenças:
As doenças se constituem como um fator importante que pode atrasar a menstruação. Para isto, é essencial que a mulher se lembre de quando foi a sua última ovulação e possua um calendário ovular, que demarca as datas para saber se a menstruação está atrasada ou não.
Peso:
Apesar de poucas pessoas saberem disto, o peso pode afetar o ciclo menstrual também, pois está relacionado ao hipotálamo que é um dos responsáveis por regular os processos metabólicos tais como a menstruação.
Síndrome do ovário policístico:
Algumas mulheres podem desenvolver a síndrome do ovário policístico, também chamado através da sigla “SOP”, e isto pode sim atrasar a menstruação. A SOP é uma síndrome muito comum nas mulheres em idade fértil e se caracteriza pelo aparecimento de muitos cistos nos ovários. Entretanto, é importante compreender que ter um ovário policístico não significa que a mulher possua a síndrome. A SOP não tem cura, mas tem tratamento e quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor.
Contudo, para ter certeza de que a menstruação está regulada ou desregulada, é recomendado que as mamães utilizem de seu calendário menstrual e anotem quando a menstruação parou e quando ela iniciou, além de ser acompanhada por um médico.
Pode ficar menstruada durante gravidez?
Não é possível ficar menstruada enquanto se está grávida, devido ao fato de que a menstruação nada mais é do que as paredes de sangue do útero sendo “destruídas” por não haver embrião ali.
Contudo, se há um embrião, essas “paredes de sangue” devem permanecer, de modo a proteger o embrião para seu pleno desenvolvimento. Se há sangramento durante uma gravidez, é um sinal de alerta, como por exemplo, uma gravidez ectópica, um aborto ou o descolamento da placenta, mas não necessariamente é sempre algo ruim.
Para cada tempo de gestação existe um diagnóstico diferente. No primeiro trimestre, que dura de 1 a 12 semanas, caso haja sangramento, a mulher pode ter um caso de gravidez ectópica, descolamento da placenta ou até mesmo um aborto.
Caso o sangramento ocorra durante o segundo trimestre, que vai de 13 a 24 semanas de gestação, a mulher pode passar pelo aborto também ou uma inflamação no útero. Se a gestante possui sangramento no terceiro trimestre, que vai de 25 a 40 semanas, pode ser que seja um caso de placenta prévia, o descolamento da placenta ou até mesmo, que ela entre em trabalho de parto.
Menstruação após o parto: Quando normalmente volta?
O tempo de volta da menstruação após o parto, conforme dito acima, varia muito de acordo com a amamentação do bebê e do corpo da mulher. Por exemplo, se a mãe amamenta o bebê exclusivamente com leite, é capaz que ela fique pelo menos 6 meses sem menstruar. Contudo, este tempo é reduzido quando há amamentação com leite artificial ou amamentação intercalada com mamadeira.
Caso a mãe amamente com leite artificial, seja devido a algum tipo de complicação ou a falta do próprio leite materno, a volta da menstruação após o parto ocorre depois de aproximadamente três meses. Quando a amamentação é feita de forma intercalada entre mamadeira e leite materno, a menstruação pode vir em até 3 a 4 meses.
Portanto, tudo dependerá de como funciona a alimentação do bebê, pois enquanto a criança mama no peito, o organismo feminino é estimulado a produzir mais leite e por conta disso, mais da prolactina que impede o corpo de ovular. Quanto mais tempo o bebê amamentar, mais tempo demorará até a próxima menstruação.
A volta da menstruação após o parto pode ser um pouco diferente do que a mulher estava habituada, tanto na cor, quanto no fluxo. Por exemplo, mulheres que antes de engravidar, menstruavam com um fluxo menor, podem voltar a menstruar com fluxo intenso. A cor também passa a mudar e é possível que haja atrasos na menstruação também.
O atraso pode ser de 2 a 3 meses, mas após esse período inicial, a menstruação volta ao normal. Caso ela permaneça irregular durante mais tempo que o esperado, é recomendado procurar a orientação de um ginecologista.
Apesar de a mulher poder ter relações sexuais após o parto, existem chances de engravida porque, embora a primeira ovulação após o parto possa ser algo imprevisível. Mesmo se a mulher amamentar de forma exclusiva, ela pode engravidar, porque cada corpo reage de forma diferente, e por isso, a amamentação não deve servir como uma forma de contracepção.
Conforme dissemos acima, cada mulher tem um corpo diferente e uma forma diferente de reagir. Portanto, caso não queira engravidar, é importante consultar um ginecologista para fornecer orientações sobre qual é o melhor método contraceptivo, que leve em consideração todas as mudanças pelas quais a mulher passa no momento.
O tipo de parto influencia na volta da menstruação?
Não existem ainda indícios de que determinado tipo de parto influencie na volta da menstruação após o parto, entretanto certos fatores devem ser considerados, como por exemplo, se durante o parto houve ou não algum tipo de hemorragia ou se foi um parto onde houve risco de vida da mãe ou do bebê.
Depois que a mulher tem o bebê, é normal que o organismo libere bastante sangue, conforme dissemos acima, o fenômeno chamado “loquiação”, que é a cicatrização do útero. Porém, ainda não há indícios de que o tipo de parto influencie na menstruação, pois as mudanças ocorridas na menstruação se devem ao fato de que, o corpo da mulher mudou, há alteração nos hormônios e não necessariamente ao tipo de parto que a mulher teve.
A amamentação influencia em algo na menstruação?
Conforme dissemos acima, a amamentação pode sim influenciar na volta da menstruação após o parto, mas tudo depende de como a mãe amamenta seu bebê. O que acontece é que, quanto mais tempo a mulher amamenta, mais tarde ela deverá menstruar de novo e quanto mais cedo ela para de amamentar, mais cedo ela voltará a menstruar.
Tudo se deve ao fato de que, enquanto a mulher amamenta, o corpo produz uma substância chamada “prolactina” que faz com que hajam menos óvulos no organismo feminino e por consequência, não há menstruação. Em todo o caso, salientamos que, para saber como está a sua menstruação, o que fazer, quais métodos contraceptivos usar, é importante consultar um médico.
