Surfactante pulmonar
Para nos ajudar no processo de respiração, as células alveolares produzem uma substância conhecida por “surfactante pulmonar”. Sem ela seria impossível respirar adequadamente e a sua ausência resulta em várias complicações para a saúde.
Os recém-nascidos são muito acometidos por essa doença, pois o seu sistema respiratório não está totalmente desenvolvido. Por este motivo trazemos informações sobre o surfactante pulmonar, o que a sua falta provoca e quais são os tratamentos adequados para os bebês. Leia até o final e confira.
O que é Surfactante Pulmonar?
Ele é composto basicamente por proteínas e por fosfolipídios, o surfactante pulmonar é uma substância que age nos pulmões. Ele facilita a propagação e a absorção de oxigênio ao diminuir a pressão superficial das paredes dos alvéolos pulmonares, através de um trabalho físico-químico.
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Qual sua função?
Ele permite que os alvéolos pulmonares permaneçam abertos adequadamente durante o processo respiratório, o que facilita a entrada do oxigênio na circulação sanguínea e a sua distribuição.
O surfactante começa a ser produzido no útero da mãe, durante o amadurecimento dos pulmões do bebê, no período de aproximadamente 28 semanas.
Veja a seguir quais são as três principais funções do surfactante pulmonar:
- Ele mantém os alvéolos abertos;
- Manutenção do tamanho dos alvéolos;
- Ele diminui o esforço necessário para a expansão dos pulmões.
Estas constituem algumas das características mais importantes para uma boa respiração e a falta do surfactante pulmonar pode provocar uma síndrome.
A falta de Surfactante provoca o quê?
A falta do surfactante provoca uma doença conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR). Ela acomete principalmente bebês prematuros, por não terem o sistema respiratório totalmente desenvolvido.
Desta forma, eles não têm uma produção suficiente para ter uma respiração adequada, o que causa dificuldade ao inalar o ar, respiração rápida e com chiado, lábios e dedos azulados devido a pouca quantidade de oxigênio circulando no sangue.
As principais causas da SDR em bebês são:
- Pré-eclâmpsia;
- Embolia do líquido amniótico;
- Infecção de tecidos no útero em um aborto (abortamento séptico).
É possível dar um diagnóstico com a ajuda de uma radiografia que é feita na região do tórax e da medição dos níveis de oxigênio por meio de coletas de sangue ou ao utilizar o oxímetro, que é um sensor que mostra os níveis de oxigênio e de carbono do sangue ao ser posto na ponta do dedo.
Infelizmente esta síndrome pode ser fatal, mas com cuidados rápidos e adequados a criança pode se recuperar.
Como é o tratamento?
Consiste na aplicação do medicamento conhecido como surfactante exógeno, que pode ser encontrado na forma sintética ou natural, que tem qualidades parecidas à substância natural produzida pelo corpo humano. O intuito deste medicamento é auxiliar na respiração do bebê enquanto ele ainda não produz o líquido de forma natural.
Para um resultado mais rápido, este remédio pode ser utilizado na primeira hora logo após o parto do bebê e será administrado por meio de uma sonda diretamente nos pulmões. A criança deve ser atendida em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) até sua devida recuperação.
Porém, mesmo se o seu bebê tiver um diagnóstico de SDR, não há motivos para desespero. Com o desenvolvimento da medicina, aliado aos cuidados adequados, são altas as chances de se curar. Então procure as orientações de um médico especialista e esteja confiante que a recuperação é certa.