Restrição de crescimento intra-uterina: o que é e suas consequências
Fazer o acompanhamento gestacional é algo que toda mulher grávida deve fazer. É assim que o médico vai verificar a saúde, tanto do bebê quanto da mãe, e confirmar se a gestação ocorre sem problemas.
Uma condição que pode atingir o bebê durante a gravidez é a restrição de crescimento intra-uterina, também conhecida como RCIU.
Para entender este problema você deve entender alguns conceitos.
O que é a restrição de crescimento intra-uterina?
Restrição de crescimento intra-uterina é o termo designado para o problema de atraso de crescimento do bebê conforme a idade gestacional que a mãe se encontra.

Essa condição pode trazer riscos e problemas para o parto e para o bebê após seu nascimento, tais como, sofrimento fetal durante o parto, peso abaixo do normal ao nascer, baixa dos níveis de oxigênio, diminuição dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia), pouca resistência às infecções, entre diversos outros.
A restrição ainda pode ocasionar problemas no crescimento a longo prazo. Essa condição chega a atingir 15% das gestações, segundo pesquisa feita Escola Superior de Ciências da Saúde, de Brasília, em conjunto com a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp.
Quais as causas da restrição de crescimento intra-uterina?
São três as condições que podem causar a RCIU: causas placentárias, maternas ou genéticas.
Uma bastante comum é a insuficiência placentária, quando poucos nutrientes e oxigênio chegam até o feto por meio da placenta. Ele pode até parar de crescer por conta disso, mas geralmente há somente a diminuição do crescimento.
Doenças crônicas também podem afetar o tamanho do bebê, como lúpus, diabetes avançado, hipertensão arterial ou doença cardíaca e outras, assim como o uso de álcool, cigarro e drogas durante a gravidez.
Outros fatores que também estão relacionados ao problema são as síndromes e alterações cromossômicas.
Sintomas da restrição de crescimento intra-uterina
Como dito, a principal característica da RCIU é o baixo crescimento do feto conforme a idade gestacional.
No entanto, isso pode se apresentar de duas formas no feto: a falta de crescimento pode se apresentar proporcionalmente em todo o corpo ou ter uma redução mais elevado em seu abdômen, dando aparência de que ele está desnutrido.
Após o nascimento ele pode ser magro e pálido, demonstrar cordão umbilical escurecido e fino.
Como é diagnosticada a restrição de crescimento intra-uterina?
O jeito mais simples de medir o tamanho do bebê é calcular a distância da pube até o fundo do útero da mãe. Com a ultrassonografia essa medição se tornou mais confiável e precisa.
Para saber se o tamanho e o peso do bebê concordam com a sua idade gestacional os médicos utilizam curvas de referência estipuladas pela OMS – Organização Mundial da Saúde.
Geralmente, após a 20ª semana de gestação, o tamanho do feto é o mesmo que o número de semanas de gravidez.
Restrição de crescimento intra-uterina: como é realizado o tratamento
O tratamento para a doença vai depender da causa, mas em alguns casos dificilmente o quadro será revertido.
Infecções, por exemplo, podem ser tratadas com medicamentos. Largar vícios prejudiciais à saúde, como álcool, cigarro e drogas, também é recomendado.
Agora, quando a condição é ligada à placenta não há muito o que se fazer, a não ser monitorar a gestação frequentemente.
Em todo caso, a mãe deve estar atenta à sua saúde e sempre fazer o pré-natal para que o crescimento do bebê não seja um grande problema.