O que é a Violência Obstétrica (VO)?

0

A violência obstétrica tem se tornado um medo frequente das mulheres que estão grávidas, pela possibilidade de um momento importante e único se torne um verdadeiro pesadelo. E recentemente isso se tornou um assunto que está sendo muito debatido tanto entre a comunidade médica, grávidas quanto a sociedade em geral.

É comum que muitas mulheres sofram violência obstétrica. Segundo uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo e Sesc, uma entre quatro mulheres já sofreu violência obstétrica no Brasil.

O nome que se dá a abusos, maus tratos e qualquer tipo de desrespeito a mulheres durante o parto é violência obstétrica e muitas mulheres não sabem que já sofreram, mas no geral todas acabam tendo um trauma do dia do parto.

É necessário que as mulheres entendam exatamente o que é a violência obstétrica para prevenir isso. Por isso, reunimos algumas informações sobre o que é violência obstétrica e muito mais.

O que é Violência Obstétrica?

A violência obstétrica pode ir desde abusos, violência física até agressão verbal. A violência obstétrica é o nome utilizado para denominar abusos sofridos por mulheres durante o parto.

O que é Violência Obstétrica?
Qual significado. Fonte/Reprodução; original.

Como já mencionado, eles podem ser por violência psicológica ou física e podem tornar o momento único e especial da vida de uma mulher, um momento cheio de traumas.

De fato, não existe uma definição exata para isso, porém, é fundamental destacar que o termo abrange não apenas a violência feita de um profissional da saúde contra uma mulher em trabalho de parto, mas também toda a estrutura do hospital.

É importante para qualquer mulher que esteja grávida, pretende engravidar ou até mesmo já teve um filho, estar atenta a todos os tipos de violência obstétrica.

Quais os tipos de violência obstétrica?

Violência física ou psicológica durante o parto são caracterizados violência obstétrica, mas quais são os exemplos disso? Confira abaixo alguns exemplos:

  • Apertar a barriga para forçar a saída do bebê;
  • Abuso verbal sendo linguagem rude para insultar a mulher em trabalho de parto (Ex: “Na hora de ‘fazer’ não reclamou”);
  • Forçar intervenções sem consultar a paciente;
  • Abuso físico;
  • Abuso sexual.
Related Posts
1 De 93

Além destes, várias outras coisas que até mesmo um dia não eram consideradas violência obstétrica, hoje em dia se caracterizam como tal.

Quem pratica a violência obstétrica?

A violência obstétrica pode ser feita por qualquer pessoa que exerça a assistência obstétrica, sendo eles médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e outros profissionais que se encaixam na categoria.

Como o Conselho Federal de Medicina trata a violência obstétrica?

Foi lançada pelo Conselho Federal de Medicina no Diário Oficial da União a Resolução de Nº 2.232 no dia 17 de setembro de 2019. Ela se trata da “recusa terapêutica”, isso significa que o paciente pode recusar algumas práticas que os médicos podem vir a sugerir.

Como o Conselho Federal de Medicina trata a violência obstétrica?
Conselho federal. Fonte/Reprodução: original.

Essa resolução estabelece que a recusa terapêutica seja um direito do paciente e que ele deve ser respeitado pelo médico. Porém, cabe ao médico informar os riscos e consequências que o paciente terá por conta da decisão.

Contudo, o médico também pode negar a recusa em alguns casos. Confira quais são:

  • Casos de abuso de direitos;
  • Caso mãe/feto;
  • Casos de risco relevante à saúde.

Esses são os casos que o médico pode negar a recusa do paciente.

Como denunciar a violência obstétrica?

Denúncias de violência obstétrica podem ser feitas na própria clínica, maternidade ou hospital no qual a paciente foi atendida. Mas, também é possível denunciar ligando para 180 ou 136. Para isso, o número 0800 701 9656 que pertence à Agência Nacional de Saúde Suplementar também funciona para denúncias.

Com este texto você conheceu mais sobre o que é violência obstétrica e caso aconteça com você ou algum conhecido, já sabe os passos necessários para fazer uma denúncia. Se gostou, compartilhe com seus amigos e familiares para que eles também estejam ciente desse tipo de violência.

Deixe um comentário