Gêmeos monozigóticos e dizigóticos: o que são?
Os gêmeos são bebês que nascem de uma mesma gestação. Entretanto, essa gravidez possui características que podem resultar no que chamamos gêmeos monozigóticos e dizigóticos, tendo sua diferenciação no momento da fecundação.
Por essa razão, existem gêmeos que são idênticos e outros não. Comumente, gêmeos do mesmo sexo são considerados idênticos e gêmeos de sexo diferente são considerados fraternos.
Os gêmeos monozigóticos e dizigóticos também possuem diferenças que dizem respeito ao número de placentas e de bolsas amnióticas durante a gestação.
Uma gestação pode ser chamada monocoriônicas ou dicoriônicas, quanto ao número de placentas, e monoamnióticas ou diaminióticas, em relação ao número de bolsas.
O que são os gêmeos monozigóticos?
Os gêmeos univitelinos ou monozigóticos, são vistos como gêmeos idênticos, possuem características semelhantes e precisam ser obrigatoriamente do mesmo sexo.
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Como se formam os gêmeos monozigóticos?
Os gêmeos monozigóticos são aqueles formados a partir da fecundação de um único ovócito (célula de reprodução feminina) por um único espermatozoide.
Esse único ovócito fecundado, resulta na formação do zigoto, o qual se divide, dando origem a dois embriões.
A formação dos embriões pode ocorrer em três possibilidades: (1) uma placenta e uma bolsa amniótica; (2) uma placenta e duas bolsas amnióticas; (3) duas placentas e duas bolsas amnióticas.
Quando os gêmeos são dizigóticos?
Já os gêmeos dizigóticos ou bivitelinos, são aqueles considerados gêmeos fraternos, possuem características pouco ou quase nada semelhantes, e costumam ser de sexos diferentes.
Como se formam os gêmeos dizigóticos?
Os gêmeos dizigóticos são formados pela fecundação de dois ovócitos por dois espermatozoides, assim ele dá origem a dois zigotos, e consequentemente dois embriões.
A formação dessa dupla fecundação não é muito comum, já que a mulher costuma ovular uma vez a cada ciclo menstrual, sendo então preciso ovular mais de uma vez para que a gravidez de gêmeos dizigóticos aconteça.
Essa dupla fecundação também pode ser herdada geneticamente, ou acontecer durante os tratamentos de infertilidade. A inserção de mais de um embrião no útero, pode ocasionar na formação de mais de um feto.
Na gestação, a placenta de gêmeos dizigóticos é obrigatoriamente separada. Por esse motivo, vemos a ocorrência de uma gestação dicoriônica (duas placentas) e diaminiótica, com duas bolsas.
A gestação de gêmeos dizigóticos então é feita por duas placentas, duas bolsas amnióticas e dois fetos.
Quem é o responsável pela gestação de gêmeos: papai ou mamãe
São vários os fatores que podem influenciar na responsabilidade da gestação de gêmeos monozigóticos e dizigóticos.
Pela dupla fecundação exigida na formação de gêmeos dizigóticos, pode-se dizer que a mãe carrega os maiores fatores de suscetibilidade. Se não ocorrer a liberação de mais de um ovócito a cada ovulação, a chamada hiperovulação, não será possível que ocorra a formação de gêmeos bivitelinos.
Fatores como a idade da mulher e os métodos de reprodução utilizados também podem ou não interferir no desenvolvimento de gêmeos dizigóticos.
Como o homem pode transmitir os genes relacionados à hiperovulação aos seus descendentes, é muito provável que ele contribua para que os genes de hiperovulação se manifestem em suas filhas, e estas sim podem ter chances de desenvolver uma gestação de gêmeos dizigóticos.
Esse aspecto de manifestação dos genes é frequentemente chamado popularmente como “pular uma geração”. Assim, o pai tem mais chances de contribuir em uma geração posterior a de seus filhos.
No entanto, na gestação de gêmeos monozigóticos, não existem fatores tão concretos quanto aos de gêmeos dizigóticos. É dito que a probabilidade da formação de gêmeos univitelinos seja atribuída tanto ao pai quanto à mãe, em medidas e capacidades distintas.
Sabemos que a formação de gêmeos monozigóticos está fortemente presente em famílias que possuem um histórico de gêmeos em sua linhagem, tornando o gene presente nesses núcleos muito importantes. Esses genes podem estar ligados a inúmeras possibilidades que ainda precisam de estudo mais aprofundado, como por exemplo, de que forma a implantação do embrião é feita no útero.
Dessa forma, gêmeos monozigóticos e dizigóticos possuem diversas diferenças em suas formações, e também muitos fatores que podem influenciar no aumento da probabilidade de ocorrência desse fenômeno.