Cardiotocografia na gravidez: para que serve?

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Alguns dos exames realizados durante a gravidez podem gerar estranhamento nas gestantes, seja pelo nome do exame, muitas vezes desconhecido, seja por o modo como ele é feito e outros motivos.

Entretanto, são exames cruciais para garantir que o desenvolvimento do feto esteja dentro do adequado e para se ter uma garantia da saúde tanto da mãe, quanto do bebê. Um desses muitos exames é a cardiotocografia, que apesar do nome, é um exame bem simples, mas que é bastante solicitado em certo período da gravidez.

O que é a Cardiotocografia?

É um exame de rotina durante a gravidez, que permite verificar os batimentos cardíacos do feto. E com isso, analisar também o seu bem-estar. Ele é complementar a ultrassom e além dos batimentos cardíacos ele detecta também as contrações uterinas.

Para que serve o exame de Cardiotocografia?

Além de monitorar os batimentos cardíacos fetais, as contrações uterinas com a cardiotocografia também é possível monitorar a oxigenação e os movimentos fetais, características muito importantes para diagnóstico de sofrimento fetal.

Como é feito o exame de Cardiotocografia?

Trata-se de um exame não invasivo, onde são colocados eletrodos na barriga da gestante, esses eletrodos são sustentados por uma espécie de cinta e são os responsáveis por captar tudo o que acontece intrauterina.

O exame causa pouco ou nenhum desconforto e ao perceber que o feto está se movendo pouco, pode ser necessário que se faça estímulos para que ele desperte ou fique mais agitado.

Esse exame pode acontecer de 3 formas: a basal, em que é avaliado a movimentação e atividade normal, sem estímulos e com a mãe em repouso; a estimulada, apresentados estímulos para se registrar a resposta fetal e a com sobrecarga, administrado algum tipo de medicamento para aumentar a contração uterina.

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Como a Cardiotocografia ajuda a mãe e o bebê?

Se o resultado se apresentar fora da normalidade, pode indicar insuficiência na oxigenação cerebral fetal e isso pode ser de decorrência de diversas situações, como a própria posição do bebê, a placenta se apresenta com alguma alteração, ou o cordão umbilical pode estar dando voltas no pescoço do bebê o que causa a pouca oxigenação.

Como a Cardiotocografia ajuda a mãe e o bebê
Fonte/Reprodução: original

Assim, é possível verificar se existe algo fora do padrão com o bebê e pode indicar ainda o melhor momento do parto, conforme as características apresentadas e com a opinião médica.

Quantos exames de Cardiotocografia devem ser realizados na gravidez?

Esse exame é indicado na fase final da gestação, após a 37° semana gestacional. Pode ser solicitado ainda no momento do parto, para acompanhar e verificar a possibilidade de sofrimento fetal ou ainda pode ser solicitado antes das 30 semanas ao haver necessidade, principalmente quando a mãe apresenta algum fator determinante, como: anemia, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão ou outras patologias que possam indicar ou causar sofrimento fetal.

Em casos de gestações que ultrapassaram as 40 semanas de gestação, esse exame deve ser realizado a cada 48 horas. Em casos de gravidez de risco, que a mãe possua alguma patologia, é indicado que esse exame seja realizado uma vez por semana, ou a depender do estado de saúde materno, a cada 3 dias.

A Cardiotocografia indica sinais de sofrimento do bebê?

Com a cardiotocografia é possível identificar sinais de sofrimento do bebê. Algumas características que podem indicar esse sofrimento, são: frequência cardíaca aumentada com batimentos acima de 160 por minuto, o que pode indicar uma taquicardia, ou abaixo de 110 por minuto, que indica bradicardia; desacelerações na frequência cardíaca, pode ser indício de diminuição na oxigenação.

O normal é que a cada movimento ou atividade do bebê dentro do útero, a frequência cardíaca desse também seja afetada e acompanhe o seu ritmo. Se isso não acontecer, pode ser indicativo de sofrimento fetal.

O médico ginecologista é o responsável por solicitar esse exame e também por avaliar o quadro fetal e materno. Por isso a importância de um acompanhamento durante a gestação é primordial nos momentos que antecedem o nascimento.

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