Mitos e verdades sobre o câncer de mama: conheça agora mesmo
Presente em sua maioria em mulheres, o câncer de mama, também chamado de neoplasia, é um tumor causado por um crescimento exacerbado e anormal de células. O conhecimento sobre a saúde, principalmente feminina, já foi um tabu, mas a informação pode ajudar o paciente a procurar tratamento mais cedo.
O que é o câncer de mama?
Como o segundo tipo de câncer mais comum nos pacientes, com o primeiro lugar ocupado pelo câncer de pele, esse tipo é conhecido por atingir na maioria mulheres após os 35 anos, principalmente depois da menopausa.
Originado pelo desenvolvimento desenfreado de células com potencial para invasão de outros órgãos do corpo, o tumor pode se formar de várias formas que dependem das características específicas de cada tipo, alguns dos mais comuns podem ser:
- Carcinoma ductal não invasivo: Com uma maior taxa de cura, que chega a 98% dos casos, essa categoria não apresenta evolução invasiva, ou seja, a probabilidade de metástase (quando o tumor se espalha para outros órgãos) é quase nula.
- Carcinoma ductal invasivo: Nessa categoria, o câncer se origina no ducto de leite e se espalha pelas paredes até chegar ao tecido adiposo da mama. Com chances de acometer outras partes do corpo, a probabilidade da metástase é bem maior.
- Carcinoma lobular in situ: Com menos chances de diagnóstico pelos poucos sintomas, se forma nas glândulas mamarias produtoras de leite, também chamados lóbulos.
- Doença de Paget: Nessa categoria, o desenvolvimento do tumor se passa no tecido mamário, como nas aréolas e nos mamilos, assim como os sintomas, que podem ser coceira, vermelhidão e sensibilidade. Em casos graves pode-se evoluir para uma metástase.
- Câncer de mama inflamatório: Como um tipo raro e difícil de ser detectado pelas mamografias e pelo auto exame, é chamado assim, pois bloqueia os vasos linfáticos sobre a pele da mama, o que cria um inchaço e peso incomuns.
Para um diagnóstico precoce, é recomendado o autoexame, com palpação dos seios, e o mais importante, a mamografia periódica.
A recomendação para um autoexame bem-sucedido é no dia após ao término da menstruação, quando os seios estão menos inchados. Quando a paciente é uma mulher que já passou pela menopausa, o autoexame pode ser feito a qualquer momento.
É essencial que a mulher conheça seu corpo para reconhecer quaisquer alterações eventuais, para localizar o que é ou não normal nas mamas.
Quais os reais sintomas do câncer de mama?
Como uma doença silenciosa e particular das partes afetadas, os sintomas podem variar de caso em caso.
Sintomas do estágio inicial:
- Nódulo (também chamados caroços) fixo e geralmente indolor, sintoma que denuncia a doença para o paciente;
- Vermelhidão na pele;
- Caroços nas axilas ou no pescoço;
- Saída de secreção anormal de um ou ambos seios.
Sintomas do estágio avançado:
- Inchaço de todo ou uma parte do seio;
- Retração, abaulamento ou irritação da mama;
- Inversão do mamilo, ou seja, o mamilo se retraí para dentro do seio;
- Edema (inchaço ou mudança da pele mamária);
- Dor no mamilo ou no seio.
Sintomas como vermelhidão, inchaço ou aumento do tamanho dos linfonodos das axilas são geralmente provocados por infecções, ou processos inflamatórios (mastite) acompanhados de dor.
Infelizmente, muitos casos são descobertos com estágios avançados, quando já existe atuação da metástase.
Mitos e verdades sobre o câncer de mama que você precisa saber
Como já estabelecido, à informação acerca do câncer de mama pode levar a um diagnóstico precoce que pode salvar vidas. Porém, em uma era onde até mesmo informações falsas são propagadas com facilidade, saber separar o mito e o verídico é primordial.
Todo caroço no seio é câncer.
Mito! Alguns nódulos podem se desenvolver devido a fatores hormonais, não necessariamente atribuídos a um tumor maligno.
Outra informação sem base científica é que apenas os caroços difíceis de mover e firmes são sintomas de câncer, o recomendado é que toda alteração no seio seja investigado junto a um médico especialista.
Câncer de mama possui cura
Verídico! Quanto mais rápido o diagnóstico, mais chances o paciente terá de cura. Sempre é bom lembrar que cada organismo funciona de um jeito, e que a doença evolui de acordo.
O câncer só afeta quem tem histórico na família
Mito! Aqueles que possuem familiares de 1° grau de parentesco possuem maior risco, porém, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer(INCA), apenas 5 a 10% dos casos é relacionado a fatores hereditários, ou seja, que passam de pai para filho.
Sutiãs apertados podem causar câncer de mama
Mito! Mesmo com malefícios para a saúde, a crendice não é baseada em nenhuma informação científica.
Acreditava-se que o uso do sutiã muito apertado poderia comprimir os vasos sanguíneos, o que poderia resultar no acúmulo das toxinas que originaria um câncer. Este fato foi desmentido por pesquisas americanas, que relataram não ter nenhuma ligação entre a peça e a doença.
A amamentação pode proteger contra câncer de mama
Verídico! Essa proteção é graças a dois fatores. No primeiro, as células mamárias se multiplicam menos durante a amamentação, diminuindo o risco do desenvolvimento em excesso.
No segundo fator a amamentação diminui os ciclos menstruais, ou seja, diminui o hormônio do estrogênio que circula pelo corpo durante o período.
Pancada nos seios pode levar a câncer de mama
Mito! Lesões por pancadas não são capazes de causar câncer. No momento da cicatrização do ferimento interno, pode-se ocorrer a sensação de nódulo, algo chamado fibrose, mas não acarretará formação de células cancerígenas.
Exercícios físicos ajudam a prevenir câncer de mama
Verdade! Segundo o INCA, o sedentarismo e a obesidade são fatores que podem acrescentar no desenvolvimento da doença. A prática de pelos menos 22 minutos por dia ajuda a prevenir uma série de problemas na saúde.