Atresia duodenal: o que é e como tratar

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Existem alguns problemas específicos que podem atingir os bebês quando eles ainda estão em processo de formação dentro do útero. A atresia duodenal é um deles. Essa condição afeta o intestino delgado da criança, que deve passar por tratamento para isso. Continue no texto e entenda um pouco mais sobre esse problema, sua incidência, seu tratamento e sua relação com a prematuridade.

O que é a Atresia Duodenal?

A atresia duodenal é um problema caracterizado pela malformação de um pedaço do intestino delgado, o duodeno. Essa região fica na parte inicial do intestino e é ligada ao estômago. A atresia acontece nesse trecho do órgão quando ele, por alguma razão, não se desenvolveu da maneira correta. Isso faz com que ele não fique aberto para a passagem do conteúdo abdominal.

O que é a Atresia Duodenal
Fonte/Reprodução: original

O problema costuma se desenvolver entre as oitava e décima primeira semanas de gravidez quando há uma dificuldade no processo de recanalização da luz duodenal. A má irrigação sanguínea durante a gestação pode fazer o duodeno entrar num contexto de perda de tecido, que acontece aos poucos, mas que é suficiente para a região estreitar-se até de fato ficar obstruída.

Qual o nível de incidência da Atresia Duodenal?

A atresia duodenal é o tipo de obstrução congênita do intestino delgado encontrada com maior frequência. A cada 8.000 bebês nascidos com vida apresentam o problema. E, entre 20% e 30% dos casos, as crianças que possuem essa malformação têm síndrome de Down.

Algo observado em crianças que têm a atresia duodenal, é que o problema está geralmente associado a outras condições específicas como, por exemplo, cardiopatias congênitas, ânus imperfurado, atresia esofágica, atresia biliar, atresia de intestino delgado, anomalias renais e vertebrais, entre outras coisas.

Atresia Duodenal: quais os sintomas nos recém nascidos

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O principal sintoma observado em bebês que possuem a obstrução do duodeno são os vômitos em grandes quantidades, algo que pode ser notado logo após o nascimento. Os recém-nascidos nessa condição costumam colocar para fora vômitos muitas vezes na cor verde e em volumes maiores do que a quantidade de comida que foi ingerida pela criança.

Outra coisa que faz parte dos sintomas é a presença de mecônio (as primeiras fezes do bebê), que costuma ser eliminado após a criança, depois de nascer, começar a se alimentar.

Um simples e rápido exame de raio X é suficiente para diagnosticar o problema. Quanto mais rápido for identificado, melhor.

É possível identificar ainda no pré-natal?

Por meio de ultrassom, durante o pré-natal, é possível identificar o problema da obstrução do duodeno. Quando, no exame, são observados o chamado “sinal da dupla bolha” e o aumento no volume do líquido amniótico, é sinal que o feto pode ter atresia duodenal. Infelizmente, não existe tratamento pré-natal, mas alguns procedimentos após o nascimento podem resolver o problema.

Qual tratamento para a Atresia Duodenal?

Perceber a obstrução e tratá-la é muito importante, pois crianças com atresia duodenal podem se desidratar e ficar doentes com muita rapidez. O tratamento consiste, então, em um procedimento cirúrgico, onde o cirurgião pediátrico remove a obstrução do duodeno.

Atresia Duodenal: como a prematuridade está associada    

A atresia duodenal está ligada a uma alta taxa de prematuridade (cerca de 46%). Mas, ultimamente, a sobrevivência de bebês que apresentam esse problema tem aumentado significativamente e, cerca de 95% dos nascidos com a obstrução, recebem o tratamento adequado e conseguem se manter vivos.

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